7.10.10

Trabalhadores paralisam obras da Transposição

Na agrovila Mandantes, desde às 11 horas do dia de ontem (31 de setembro de 2010) cerca de 80 trabalhadores ocupam as estradas que dão acesso às obras na tomada da Transposição. Motivados pelo descaso do governo, desde a chegada das novas empresas na comunidade e das doenças respiratórias causadas pela poeira dos caminhões pesados que circulam na agrovila, os trabalhadores fecharam com pedras o acesso dos caminhões a agrovila.

A DUCTO, empresa que fiscaliza os trabalhos da obra, esteve no local da mobilização e disse que comunicaria o fato ao Ministério da Integração. Enquanto isso, em Brasília, o INCRA e a FUNAI se reúnem hoje para decidir sobre a questão da regularização das terras do Assentamento Serra Negra também em Floresta (onde a Transposição ainda não começou). Os trabalhadores esperam resultados da conversa e pedem agilidade do governo na solução dos problemas que a Transposição vem causando na região.

A OBRA

Uma das principais conseqüências da obra tem sido o exílio forçado ao qual tem submetido os camponeses. Embora tenha havido a demissão de trabalhadores e muitas empresas estejam saindo das obras, o empreendimento avança para o Nordeste Setentrional e recebe várias frentes de trabalho no Eixo Leste (que vai de Floresta a Monteiro na Paraíba) para a construção do aqueduto que ligará a Estação de Bombeamento ao canal do lote 09, no município de Floresta (PE).

Iniciou-se a construção de um aqueduto para evitar a interrupção do fluxo da estrada na BR 316, sentido Floresta/Petrolândia. Por essa estrutura as águas passarão e serão levadas para o Estado da Paraíba, passando ainda por alguns municípios de Pernambuco. Ao todo, serão construídos seis aquedutos no Eixo Leste.
Para dar continuidade às obras, chegaram na Agrovila Mandantes, em Floresta, as empresas COBEMA e TOSHIBA que se juntam a ENCALÇO, ENGESA e PONTE PEDRA.

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